Quando eu era criança, o nome Waldir, não sei porque, me assustava. Lá em casa ninguém conseguia entender quando eu corria para debaixo da cama sempre que ouvia dizer que o tio Waldir havia chegado.
Na época eu contava cerca de três aninhos. Vivíamos num grande apartamento em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, terra de nascimento da minha mãe. A sua família, quase toda de lá, visitava-nos com frequência.
Lembro-me particularmente dos dois tios da minha mãe (meus tios-avós, portanto) que se chamavam Waldir e Walmor. Não me recordo bem da fisionomia deles, só sei que eram pessoas “normais”, nada assustadoras.
Na época eu contava cerca de três aninhos. Vivíamos num grande apartamento em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, terra de nascimento da minha mãe. A sua família, quase toda de lá, visitava-nos com frequência.
Lembro-me particularmente dos dois tios da minha mãe (meus tios-avós, portanto) que se chamavam Waldir e Walmor. Não me recordo bem da fisionomia deles, só sei que eram pessoas “normais”, nada assustadoras.
Mas algo me assustava no tio Waldir!
Ele chegava à nossa casa e, mal eu ouvia dizerem que era ele o visitante, corria para o quarto e enfiava-me debaixo da cama. Não havia quem me tirasse de lá! Enquanto a visita durasse, o meu porto seguro era ali. Outras crianças achavam que havia monstros debaixo da cama, eu achava que aquele era um lugar livre de perigos.
Certo dia, a minha tia Bel resolveu mudar as regras do jogo. A campainha tocou, ela abriu a porta e recebeu o visitante com um grande sorriso:
– Sr. José! Como está? Entre, Sr. José, seja bem-vindo!
Eu não era um bicho-do-mato e, para mostrar que era sociável, lá fui eu, muito timidamente, para perto da tia Bel, cumprimentar o “Sr. José”. Ele trouxera uma lembrancinha para mim (uma caneta toda enfeitada), tão querido que era! Fui para o seu colo, toda contente com o presente, e lá fiquei por um bom tempo.
Ele chegava à nossa casa e, mal eu ouvia dizerem que era ele o visitante, corria para o quarto e enfiava-me debaixo da cama. Não havia quem me tirasse de lá! Enquanto a visita durasse, o meu porto seguro era ali. Outras crianças achavam que havia monstros debaixo da cama, eu achava que aquele era um lugar livre de perigos.
Certo dia, a minha tia Bel resolveu mudar as regras do jogo. A campainha tocou, ela abriu a porta e recebeu o visitante com um grande sorriso:
– Sr. José! Como está? Entre, Sr. José, seja bem-vindo!
Eu não era um bicho-do-mato e, para mostrar que era sociável, lá fui eu, muito timidamente, para perto da tia Bel, cumprimentar o “Sr. José”. Ele trouxera uma lembrancinha para mim (uma caneta toda enfeitada), tão querido que era! Fui para o seu colo, toda contente com o presente, e lá fiquei por um bom tempo.
Só mais tarde é que me contaram que, afinal, o “Sr. José” era o tio Waldir.
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