segunda-feira, 21 de março de 2011

O Discurso do Rei

Fui conferir se tudo o que diziam sobre ele era verdade no passado dia 13 de Março, e talvez as minhas conclusões possam causar uma certa polémica, mas não seria eu se não dissesse o que penso sobre o que vi.
Chamem-me preconceituosa, chamem o que quiserem mas, embora o objectivo de um filme seja encantar, cativar, convencer o espectador e, claro, ser aclamado (e premiado) por isso, sinto que o Discurso do Rei foi construído com o único intuito de angariar prémios. Apesar de sentimental, o filme não emociona propriamente (e eu sou a rainha da emoção e da choradeira!). Pareceu-me muito artificial, muito certinho…
Fora isso (e apesar disso), gostei dele na generalidade. Não nego que é um filme com grande qualidade técnica, e tenho que admitir que quer Colin Fith, quer Geoffrey Rush (especialmente Rush), estavam em “excelente forma”.
O enredo, apesar de girar em torno de um tema aparentemente simples (a gaguez) e de a ele dar demasiada importância, sobrepondo-se, inclusivamente, ao triste anúncio do início da guerra, tem aquilo de que gosto: uma análise fantástica do desenvolvimento do ser humano, dos seus comportamentos (por vezes absurdos), das suas crenças inadequadas (e o perigo que elas encerram), e do impacto psicológico que têm os acontecimentos de vida (especialmente se não forem bem reflectidos e trabalhados – ou assumidos e conversados no tempo certo, trazendo consequências para o resto da vida). Fala ainda de compreensão, resiliência e entrega. Para mim, só por isso, vale a pena ver!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Olá, amigo ou amiga do Etã Sobal Olhares! Deixe aqui a sua opinião... terei imenso prazer em ler e publicar! Obrigada.