
O filme baseia-se na relação entre um pai e uma filha. Ele é Lionel, um maquinista honesto, mas tristonho, que depois da morte prematura da mulher dedicou a vida a cuidar da filha, Josephine, uma estudante universitária.
A relação que os une é assente no respeito e na cumplicidade e, apesar de parecer que não precisam de ninguém, partilham o seu pequeno mundo com dois vizinhos (uma ex-namorada apaixonada por Lionel, e um rapaz órfão e solitário apaixonado por Josephine), que moram no mesmo prédio nos subúrbios de Paris, e acabam por viver como uma família.
As cenas são centradas no quotidiano. A melhor, na minha opinião, é efectuada sem diálogos, apenas com música. Retrata uma noite chuvosa quando os protagonistas vão a um concerto, o carro avaria antes de chegarem, e eles entram num café, onde são bem acolhidos pela proprietária e passam bons momentos a dançar e a interagir sem palavras.
No entanto, senti que apesar da intensidade do que se queria transmitir e das interpretações especialmente boas (sem qualquer dúvida), o filme deixa um tanto a desejar, não suscitando grande emoção nem quando Lionel encontra o colega dos caminhos-de-ferro que se tinha acabado de suicidar.
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