domingo, 10 de janeiro de 2010

Touradas de guarda-chuva, estacionamento distorcido e outras questões sérias

Há uma coisa que me incomoda há muito tempo, mas neste novo ano resolvi falar dela. Não sei o que se passa com as pessoas, mas quanto mais se fala em cidadania, em respeito pelo próximo, em civilidade, menos eu vejo isso. O ser humano está a perder valores importantes, sem os quais, certamente, caminharemos para uma grande desordem.
Ora vejamos exemplos simples como cuspir para o chão, deitar papel fora do caixote de lixo, permitir que a sujeira feita pelo animal de estimação fique exposta na calçada para alguém pisar, parar em segunda fila atrapalhando o trânsito, entre outros, fazem com que a sociedade demonstre que cada vez menos se está a preocupar com o próximo.
Mas hoje quero falar concretamente de duas situações que me incomodaram e incomodam bastante nos últimos tempos:
Estamos em pleno inverno e o guarda-chuva é peça essencial da indumentária de quem anda a pé, mas o problema é que as pessoas não sabem andar com o guarda-chuva aberto. As ruas de Viseu são estreitas, as calçadas são pequenas e, normalmente, quando vejo um guarda-chuva a vir na minha direcção, desvio-me para o lado, levanto o meu próprio guarda-chuva (se a pessoa for mais baixa que eu) ou inclino o instrumento para o lado menos ocupado da calçada (se se trata de alguém mais alto), enfim... faço a minha parte. E o que eu encontro? Não sei, mas o cenário que isso me faz lembrar são touros enfurecidos. As pessoas abaixam os seus guarda-chuvas, como que a proteger o rosto e enfrentam a multidão de outros guarda-chuvas como se de uma guerra se tratasse, batem, empurram e não pedem desculpas... enfim, não há o mínimo respeito e cuidado!
E os estacionamentos? Na frente do meu prédio, os carros estacionam em espinha, e mesmo assim, os lugares escasseiam. Até aí tudo bem, não fosse um vizinho (ainda não descobri quem é) que invariavelmente para o seu carro em espinha invertida, ocupando dois, e às vezes três lugares de estacionamento. E muitas vezes deixa lá o carro dias inteiros. O que lhe passará pela cabeça? Onde ele acha que está para tornar-se "dono" da rua desta maneira? Onde andará o civismo, o respeito pelo próximo?
Já experimentaram ir a um centro comercial às vésperas do Natal? Eu já, e não recomendo isso a ninguém. São carros a mais, pessoas a mais, consumo a mais (isso merece outro post)... Mas estacionar no centro comercial nessas alturas é mesmo uma questão complicada, especialmente quando um carro ocupa o lugar de dois e pessoas não-deficientes ocupam o lugar reservado aos deficientes. E cá voltamos outra vez a interrogar-nos sobre onde andará o civismo deste povo?
Quem tiver a resposta, por favor, manifeste-se!

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