domingo, 28 de fevereiro de 2010

Vai-se Andando

Esta comédia, que no passado dia 19 fui ver no Teatro Viriato, fala de Portugal e dos portugueses, das suas mais patéticas características, das suas manias e trejeitos, dos seus preconceitos e do seu conformismo, num monólogo interessante de José Pedro Gomes, apenas interrompido por alguns protestos (sob a forma de cacarejo) do enorme galo de Barcelos (um dos símbolos nacionais) insuflável que o acompanha em palco.
Vai-se andando é uma expressão comum, utilizada como resposta nas mais variadas situações em Portugal, e esta comédia explora todas elas... da sexualidade ao clima, passando pela comida, o modo de comer ("a capacidade enfardadora de uma beleia") e o trabalho.
O texto, escrito por diferentes nomes do humor português (Eduardo Madeira, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Markl, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias e Nuno Artur Silva), é uma autocrítica inteligente que cria cenários fantasiosos (e, talvez, possíveis?) como o de Portugal transformado numa estância turística dirigida pelo Presidente Bolinha, após uma reflexão sobre a ineficácia da colonização, a importância da miscigenação e a influência dos "novos portugueses" no futuro.
É riso garantido do princípio ao fim!

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