sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Cupuaçu no Continente!

Sabem quando encontramos um conhecido que não vemos há muito tempo (mas com quem também não temos muitos assuntos) e, no início da conversa, após o tradicional: “— Tu por aqui? Há quanto tempo! Tudo bem?” — surge a pergunta: “— Então, e novidades?”. E lembram qual é a resposta que, invariavelmente, recebemos (desde a propaganda do supermercado Continente)? “— Novidades? Só no Continente…”
Oiço isso há muito tempo cá em Portugal, e bem que procuro por novidades lá no tal Continente quando vou às compras… mas o que encontro é sempre o mesmo (as mesmas marcas, os mesmos preços, os mesmos pseudo-descontos… enfim!).
Por isso, enorme foi a minha surpresa quando, num desses dias, comprovei o que dizem. Não é que encontrei uma grande novidade lá no Continente? Acreditem, porque é verdade! Encontrei polpa de cupuaçu, gente! Não, não estou a inventar. Já havia visto polpa de muitas frutas naquele supermercado: manga, acerola, entre outras, mas cupuaçu... nunca!
E lá estava ela, a pedir que eu a levasse para a casa, preparasse um delicioso creme e um sumo para acompanhar, e saboreasse tudo como quem come um doce pela primeira vez… Hummm! Que delícia!
O cupuaçu é daquelas (muitas) coisas que carregam o sabor da Amazónia. A gente põe uma colher de creme na boca, fecha os olhos e viaja… Eu viajei! Deu para andar na sombra das mangueiras (sob um “ameno” sol de 40°), visitar o Museu Emílio Goeldi, caminhar pela confusão do Ver-o-Peso, passear pela Praça da República, ler um livro tranquilamente no Parque da Residência, dar um saltinho a Mosqueiro, vaguear pela orla de Icoaraci, sentar para ver o rio Guamá da Estação das Docas… Enfim!
A sensação é a mesma descrita na música "Não peguei o Ita", de Nilson Chaves: “Mas ponho na boca um gosto de cupuaçu, meu hálito cruza o país de Norte a Sul… e sinto o prazer de saber que eu sou e o que sou para o mundo”
Xiii! Que nostalgia! Mas é bom…

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